Operação da PF apura fraude em licitação e desvio de R$ 606 mil no Norte de Minas
PF cumpre mandados de busca e apreensão na operação Dolomita A Polícia Federal deflagrou a operação Dolomita, nesta quinta-feira (14), para apurar possív...

PF cumpre mandados de busca e apreensão na operação Dolomita A Polícia Federal deflagrou a operação Dolomita, nesta quinta-feira (14), para apurar possíveis fraudes em licitação e desvio de recursos públicos no município de Padre Carvalho, no Norte de Minas. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e afastamento de sigilos bancário, fiscal e telemático. As investigações, iniciadas em 2024 a partir de uma denúncia anônima, apontaram indícios de irregularidades em processos licitatórios destinados à recuperação de estradas vicinais, custeados com recursos públicos no valor de R$ 606 mil — dos quais R$ 573 mil eram provenientes de repasse federal — tendo como principal beneficiária uma empresa de engenharia. 📲Clique aqui para seguir o canal do g1 Grande Minas no WhatsApp “Existiu uma licitação para contratação de uma empresa para realizar a recuperação e nessa licitação, o denunciante teria dito que teria havido um direcionamento para essa empresa que venceu. A partir desta denúncia, a Polícia Federal realizou levantamentos preliminares e obteve informação de que quem teria recuperado a estrada seria maquinários e servidores da Prefeitura, mas quem teria recebido o recurso federal para fazer a recuperação teria sido a empresa contratada”, explicou a delegada Joycemara Cristina Sales. Polícia Federal apreendeu documentos que serão analisados Polícia Federal/ Divulgação As diligências da Polícia Federal constataram também que a empresa não possui sede física efetiva, conta com apenas um funcionário registrado e não dispõe de veículos, máquinas ou equipamentos compatíveis com a execução de obras de engenharia. Além disso, foi identificado que o objeto social da empresa foi alterado para incluir atividades relacionadas a obras públicas, aparentemente em adequação às exigências de editais. “Diante da gravidade dos fatos e do risco de ocultação de provas e dilapidação do patrimônio, o Tribunal Regional Federal da 6ª Região autorizou buscas e apreensões, quebras de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático, bem como o bloqueio de bens e valores até o limite de R$ 605,5 mil”, disse a PF em nota enviada à imprensa. Os mandados foram cumpridos nas residências dos investigados em Montes Claros, São João da Lagoa e em Padre Carvalho. Foram apreendidos dispositivos eletrônicos, documentos, veículos, dinheiro em espécie, uma arma e munições. A delegada informou que os investigados foram intimados e serão ouvidos nesta sexta-feira (15). A Polícia Federal seguirá com as investigações a partir da análise dos materiais apreendidos. O que diz a Prefeitura Em nota enviada a Inter TV, a Prefeitura de Padre Carvalho informou que a operação investiga possíveis irregularidades em contratos públicos realizados em gestões anteriores. “Ressaltamos que os fatos apurados referem-se a períodos anteriores à atual administração e envolvem agentes que não integram o atual governo municipal. Reiteramos nosso compromisso com a transparência e o uso responsável dos recursos públicos e estamos à disposição das autoridades para colaborar com o que for necessário. Seguimos trabalhando com seriedade e respeito à população, confiando na atuação dos órgãos competentes”, diz um trecho da nota. A produção da Inter TV tenta contato com o ex-prefeito da cidade. A PF não divulgou os nomes dos investigados ligados à empresa, por isso eles não foram procurados. Vídeos do Norte, Centro e Noroeste de MG Veja mais notícias da região em g1 Grande Minas.